sábado, 20 de novembro de 2010

Não de hoje II - escritos antigos,mas não "velhos",porque indicam meus movimentos internos

....e assim se dão as coisas......

É estranho como as pessoas entram na nossa vida e,de repente,começam a fazer parte do nosso cotidiano,sem mais nem menos.Comigo,parece que não posso "procurar",tenho que ter "encontros" - de eu encontrar mesmo,sem plano nem rumo.Dentro do que achava que não me daria nada.Será este o segredo?De pessoas que eu julgaria "mais e melhores" não tem vindo sintonia e,às vezes até de pessoas que eu tenho um monte de coisas contra,pimba,um momento de empatia.De poder passar alguma coisa,ter identidade.Acho que,depois de todos os grandes desencontros que foram os últimos tempos,posso tirar que eu tenho sim,muito para dar e posso ter estas afinidades.Só não dá para ser sempre,nem com todo mundo,nem mesmo com as pessoas de que gosto.São e serão momentos,que têm de ser aproveitados.Não dá pra planejar,prever,preparar. É ter o feeling.E quando não rolar - em qualquer sentido que seja -c’est la vie,chérie!!!!!


Desencontro.
Entre vontades e desejos.O mal-estar que sinto quando entro em contato com pessoas que seguem fórmulas,ritmos ,sistemas.Minha indisciplina frente ao método.Minha inapetência mesmo quando,dentro de  mim, sou faminta.Não gosto de ter que aceitar quando não sou aceita ou quando mesmo não gostando não gostam do que não gosto.Se não vou com as caras,por que têm que ir?Mas se demonstram,por que também não posso demonstrar? Sobrevivências.Não matar,mas me matam.Como fazer para que os incomôdos não se perpetuem,apesar de mantê-los quase inconscientemente .Como esfolar da pele aquelas sensações.O exacerbar.
            O fato de pensar demais não significa que raciocine.É a emoção se fazendo presente,quando na realidade é o cadáver dum passado.A vivência na cabeça é mais forte que o que a-c-o-n-t-e-c-e.Matrix de mim mesma - não uma entidade exterior me enganando.Eu me sabotando?
           Memórias vívidas do que foi construído e querido,mesmo que no “real” nada disso tenha sido.O toque certeiro,a palavra no momento certo,o sentimento que tocou fundo.Tudo isso sempre no fim com tristeza,porque é ela que no fim está sempre aqui.A presença mais constante,que acho que já se tornou a maior parte.
             Sempre enxergo demais,percebo muito,vejo nos cantinhos,não consigo parar com esse mecanismo.Se era defesa,nasceu comigo e se faz tão natural quanto respirar,mas me carrega não de vida  mas de peso morto.
              Eles que se danem - não é este o meu mote?Por que me preocupo?É cuidado?Não.É interferência.
             Interferência.Descobri do que sofro.Me ataca,faz parte de mim.E eu não crio o repelente.Fica tudo misturado me atrapalhando.


      FANTASIA

     Minha cabeça voa,mas não vai além do que já está marcado no meu corpo.
     Pra fugir,ou tentar não lembrar,acaba repetindo o não fazer;a desculpa pelo não acontecer.
     Na fantasia - não sonho,este eu não me permito - tudo de olho aberto,pensado,tentando controlar.Final  heróico,trágico,com sofrimento.Mas conquistado.
     Nenhuma realidade vai conseguir acompanhar isso.O ruim que está gravado no íntimo não vai sumir assim.
      Se sei ,por que não consigo abrir os olhos e realmente viver?
      Acho que,entre duas mediocridades,a sonhada é ao menos sabida, mesmo não existindo.
       Não conseguiria fazer de conta com um real pior,como vejo 99% das pessoas fazendo.Fingindo amores;progressos,finanças,etc.
      Já que é pra ser fantasia...

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