quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Mudanças,transformações,passagens...e ?!?

Nada que faça com que nossa vida cotidiana seja outra,mas sim,tem acontecido muitas coisas que significam alterações num futuro que talvez nem esteja tão longe assim.A midiatização,o foco em tragédias naturais(sempre,sempre,aconteceram),nos comportamentos (textos da Antiguidade já falam na "decadência" dos modos e maneiras),no externo,na aparência como "melhor","mais isso","mais aquilo", escondem a pobreza mental,existencial de um modo de vida que não tem como durar.Se o consumo já está 30% superior ao que a natureza pode prover,o que fazer com a malta que tem sido jogada nos padrões ultrapassados,de um mundo pós Segunda Guerra?!?Colocam a maioria de nós todos em padrões e formas externas,superficiais.Nada de crescimento interno,ampliação de percepção e pensamento.Religiões/instituições de ontem brincando com a noção de sagrado que a humanidade carrega desde que percebeu sua dimensão nenhuma frente ao universo;mas quando tinha a sabedoria natural das sociedades"primitivas" de se conter no seu meio,respeitá-lo,não ultrapassar em quantidade que pudesse alterar seu equilíbrio.
O  mundo passa por fases e essa que alardeiam de crise no Primeiro Mundo e "crescimento" nas periferias é puramente material.Quanto à civilidade,cultura,nada.Brasil à frente da Grã Bretanha porque sua "liquidez" assim o diz?É pra rir.Quando aqui nos comportaremos como eles,seu sentido de nação forjado desde as invasões vikings?!?Quando teremos um número parecido de bibliotecas e leitores?
Pra fazer as economias "caminharem" retiram os direitos trabalhistas conquistados a sangue e lutas.Em muitos setores "de ponta" tem-se que "fazer parte" da empresa e modus vivendi decorrente.É quase uma volta à servidão,o"senhor" transformado numa gigante transnacional.Trabalhar até quase os 70 anos pra manter um teto,comer,ter acesso à uma parte do "excesso".Este,estranho,já que um terço da população mundial vive abaixo do nível de pobreza.E os olhos voltam-se para os animais,mais fáceis de gostar que algum outro,não "tão assim" como você cara  pálida,não é?Ué,mas o mundo não é tão bom,não existem "tantas coisas" hoje?!?Onde,quando,pra que,para quem,e por quê?
Com os States vemos o que aconteceu com a Inglaterra quando "desceu" de posto;com o Império Romano,com a Europa depois da Segunda Guerra e quantas mais "quedas de império"  que nos possamos lembrar - ainda é incipiente,mas são mudanças,tranformações,como as climáticas,assustadoras,que as próximas gerações pegarão mais "acabadas".É a "marcha",não linear nem evolucionista mas mais do mesmo = história:luta pelo poder,guerras,aliados - que deixam de o ser quando não mais intere$$am;populações agora gigantescas que sofrem o que é decidido além,acima. Quando o mundo não era "conhecido" em tempo real via internet e tudo que se sabia era o onde e o como se vivia,era igual.Menos "intenso" e talvez menos complexo,mas inegavelmente parecido.O "direito à vida plena" é o dos que "fazem parte",conscientemente ou não.Aos outros,bem,o de sempre. Nossos "dramas" individuais,nossos sonhos,esperanças,desejos - para quem os tem além de consumo e aparência,"status" - vão nesta "corrente".7 bilhões de " habitantes",uma energia devastadora domada por mesquinharias.Mas viver é preciso ,com e apesar de  tudo!



PS:Por quê o papo brabo?Isto foi um desabafo!!!!Desculpem.Uma das primeiras notícias de hoje,enquanto tomava o café da manhã,foi que uma desgraçada de 17 pariu no banheiro do seu apto em alguma outra periferia aqui de São Paulo e jogou o bebê pela janela,que caiu na lavanderia da vizinha.A mãe da criatura,32 anos!!!!!,"não sabia" da gravidez da filha"?!?Isto aí é gente?É como eu,você?!?Não suporto mais a idéia de estar perto destes tipos!!!!!!

Um comentário:

  1. Não chego tão longe na leitura, mesmo porque provavelmente não saberia interpretar, ficaria mais confusa, mas é bom ler o que você escreve, de maneira clara expondo tua certeza tão transparente, parar para refletir. Hoje está sendo dia de refletir já que sair na rua é impossível. Acabei de ouvir vários tiros, me encolhi na torre do castelo. Não sei de onde viemos, e pior, não sei para onde estamos indo. Desabafa que é bom pra você e para quem lê também. Beijos
    Joana

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