sexta-feira, 28 de junho de 2013

Será que a mudança sai?!?!

A do país vai ser bem complicada,vide as disputas jurídicas,de constitucionalidade que estão em debate,fora o quebra-quebra diário atrapalhando a manifestação cívica,patriótica.Nossa,escrevi estas palavras e não tive um treco.Êba!Fora ranço oitentista!Esperemos pelo bem.






(Vou contratar uma empresa para a mudança,mas não resisti a começar a guardar algumas coisas antes,pra ver se desencanta de uma vez)

Agora,a  minha........finalmente acho que até o mês que vem consigo,vivavivavviva!!!!!
Depois da enrolação  de meses no BB e de uma recusa culpando a seguradora mesmo com o valor "já liberado desde 17-01", achei  um consultor financeiro que  em duas semanas encaminhou tudo no Itaú - ainda nem peguei o contrato registrado,nem a s chaves,mas o boleto já chegou.É,pra alguma coisa banco privado é eficiente.A coisa está no final - eu também,comeu meus nervos e minha energia,nunca pensei que fosse passar por tanto vai e volta - tanto a pessoa com quem negociei quanto o dono da imobiliária atrapalharam tudo o que puderam.A última foram as assinaturas da bonita que não  atualizou os documentos.
Mas,como disse acima,espero pelo bem.E seja o que tiver que ser!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Muita calma nesta hora!!!!!

É!Porque estão querendo colocar o Quinzão do Supremo  no poder,assim de repente.GOLPE DE ESTADO não!!!!!!
1964 começou assim e os donos do poder não mudaram,sempre se ajustam ao momento  e nós levamos na cabeça.
Sim,estamos de alma lavada,mas caso não controlem mais os "vândalos",quem está por trás e os intencionalmente "descontrolados" ,medidas de "exceção",novamente,alguém aí quer?!?
Só de ver a Globo cancelar as novelas e ficar perdida na cobertura já mostra o quanto tudo está balançado.
Acompanhamos a História acontecer,e isto é absolutamente importante,mas não se pode perder o rumo e os valores.
DEMOCRACIA não combina com golpe!!!!


 Finalmente,a colônia do séc XVI,que "virou" país no XIX  vai virar uma NAÇÃO?!?!

 E daí,será que haverá civilidade,cidadania e participação como no primeiro mundo?Ou continuaremos a "delegar"?!?



Ainda falta muito...............

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Piscamos.....e a coisa cresceu!!!! Maio de 68 ligação direta com junho de 2013?!

Minha cabeça estava longe,atrapalhada com minhas  complicações e...de repente....tudo muito demais da conta!!!!!
Ninguém controla a "massa" depois que ela se solta e insatisfeitos todos com muita coisa errada desde sempre,cada dia que passa,desde semana passada,aparecem mais manifestações,mais estragos e também imagens lindas,como os jovens sentados ao lado dos policiais combinando o trajeto de uma das passeatas aqui em São Paulo.E os horrores dos saques e depredações,Brasil afora.
Em meio às reinvindicações os "manos" atacam,encapuzados,incapazes de se agregar a algo que não seja a destruição.
 Pena.é um momento grandioso que ninguém sabe aonde vai dar,mas que mostra que nem todo mundo está babando no futebol e nem interessado no capítulo da novela.Sim,os  inconPeTentes mostram seu despreparo,desperdiçando a hora,esquecendo anos de luta para estabelecer a democracia no Brasil e também pra mostrar a que vieram.Fico aqui,lembrando do Movimento das Diretas Já,de como abriu as cabeças,colocou gente na rua e foi depois,"traído" pelos políticos -sim,sempre eles.A deposição do Collor,depois do plano que roubou as poupanças do país,trouxe os muito jovens para a rua,o que vemos novamente agora.
Temo apenas o descontrole,exatamente dos que estão na rua só por estar,para badernar mesmo,que não lutam por nada,querem pronto e não vão conseguir,espero,estragar a beleza da participação das pessoas conscientes.




 É Fernandinho,bonito emprego o seu,né não?










Sim,sem partidos,sem "ideologias",sem teorização à toa!

E trago um mestre no assunto "Brasil",contextualizando como ninguém este momento de grandeza da cidadania:



19/06/2013 - 03h32

O monstro foi para a rua



    Em dezembro de 1974, a oposição havia derrotado a ditadura nas urnas, elegendo 16 dos 21 senadores, e o ex-presidente Juscelino Kubitschek estava num almoço quando lhe perguntaram o que acontecia no Brasil.
- O que vai acontecer, não sei. Soltaram o monstro. Ele está em todos os lugares.
Abaixou-se, como se procurasse alguma coisa embaixo da mesa e prosseguiu:
- Ele está em todos os lugares, aqui, ali, onde você imaginar.
- Que monstro?
- A opinião pública.
Dois anos depois JK morreu num acidente de automóvel e o monstro levou-o no ombros ao avião que o levaria a Brasília. Lá ocorreu a maior manifestação popular desde a deposição de João Goulart.
Em 1984 o general Ernesto Geisel estava diante de uma fotografia da multidão que fora à Candelária para o comício das Diretas Já.
- Eu me rendo --disse o ex-presidente, adversário até a morte de eleições diretas em qualquer país, em qualquer época.
Demorou uma década, mas o monstro prevaleceu. O oposicionista Tancredo Neves foi eleito pelo Colégio Eleitoral e a ditadura finou-se.
O monstro voltou. O mesmo que pôs Fernando Collor para fora do Planalto.
No melhor momento de seu magnífico "Pós Guerra", o historiador Tony Judt escreveu que "os anos 60 foram a grande Era da Teoria". Havia teóricos de tudo e teorias para qualquer coisa. É natural que junho de 2013 desencadeie uma produção de teorias para explicar o que está acontecendo. Jogo jogado. Contudo, seria útil recapitular o que já aconteceu. Afinal, o que aconteceu, aconteceu, e o que está acontecendo, não se pode saber o que seja.
Aqui vão sete coisas que aconteceram nos últimos dez dias:
1) O prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin subiram as tarifas e foram para Paris, avisando que não conversariam nem com os manifestantes. Mudaram de ideia.
2) Geraldo Alckmin defendeu a ação da polícia na manifestação de quinta-feira passada. Mudou de ideia e pacificou sua PM.
3) O comandante da PM disse que sua tropa de choque só atirou quando foi apedrejada. Quem estava na esquina da rua da Consolação com a Maria Antônia não viu isso.
4) Dilma Rousseff foi vaiada num estádio onde a meia-entrada custou R$ 28,50 (nove passagens de ônibus a R$ 3,20).
5) O cartola Joseph Blatter, presidente da Fifa, mandarim de uma instituição metida em ladroeiras, achou que podia dar lição de moral aos nativos. (A Viúva gastará mais de R$ 7 bilhões nessa prioridade. Só no MaracanãX, torraram R$ 1,2 bilhão.)
6) A repórter Fernanda Odilla revelou que o Itamaraty achou pequena a suíte de 81 m² do hotel Beverly Hills de Durban, na África do Sul, e hospedou a doutora Dilma no Hilton. (Por determinação do Planalto, essas informações tornaram-se reservadas e, a partir de agora, só serão divulgadas em 2015.)
7) A cabala para diluir as penas dadas aos mensaleiros que correm o risco de serem mandados para o presídio do Tremembé vai bem, obrigado. O ministro Dias Toffoli, do STF, disse que os recursos dos réus poderão demorar dois anos para ir a julgamento.
Para completar uma lista de dez, cada um pode acrescentar mais três, ao seu gosto.
Elio Gaspari
Elio Gaspari, nascido na Itália, veio ainda criança para o Brasil, onde fez sua carreira jornalística. Recebeu o prêmio de melhor ensaio da ABL em 2003 por "As Ilusões Armadas". Escreve às quartas-feiras e domingos na versão impressa de "Poder".





Update 20-06-2013:






Nem precisa falar muito,foram os 0,20 centavos mais caros da História:

JÔ Explica....
Pra quem não entendeu ainda: os vinte centavos, um por um:
00,01 - a corrupção
00,02 - a impunidade
00,03 - a violência urbana
00,04 - a ameaça da volta da inflação
00,05 - a quantidade de impostos que pagamos sem ter nada em troca
00,06 - o baixo salário dos professores e médicos do estado
00,07 - o alto salário dos políticos
00,08 - a falta de uma oposição ao governo
00,09 - a falta de vergonha na cara dos governantes
00,10 - as nossas escolas e a falta de educação
00,11 - os nossos hospitais e a falta de um sistema de saúde digno
00,12 - as nossas estradas e a ineficiência do transporte público
00,13 - a prática da troca de votos por cargos públicos nos centros de poder que causa distorções
00,14 - a troca de votos da população menos esclarecida por pequenas melhorias públicas (pagas com dinheiro público) que coloca sempre os mesmos nomes no poder
00,15 - políticos condenados pela justiça ainda na ativa
00,16 - os mensaleiros terem sido julgados, condenados e ainda estarem livres
00,17 - partidos que parecem quadrilhas
00,18 - o preço dos estádios para a copa do mundo, o superfaturamento e a má qualidade das obras públicas
00,19 - a mídia tendenciosa e vendida
00,20 - a percepção que não somos representados pelos nossos governantes

E da próxima vez que houver alguma manifestação,certamente vão planejar muito mais suas ações e se mostrarem "governantes"



O inverno da nossa esperança

O Brasil tem uma dívida de gratidão com o governador Geraldo Alckmin. Se ele não tivesse soltado a tropa de choque em cima dos manifestantes que protestavam em São Paulo contra o aumento do preço das passagens, é possível que o maior movimento social do país jamais tivesse chegado às ruas. A onda de indignação começou a se formar assim que as primeiras fotos e vídeos das agressões da polícia circularam pela internet; ela se transformou em tsunami quando, horas depois, o governador veio a público defender a polícia e atacar os manifestantes. Como assim? Quer dizer que o cidadão, que paga a conta, ainda tem que aguentar todos os desaforos do governo caladinho, fechado em casa?! É isso?!

Para quem estava nas redes sociais, o que aconteceu a partir daí rolou como um filminho. Subitamente, todos os outros assuntos retrocederam, como fez a maré na Ásia, e as timelines foram tomadas pela insatisfação geral. No sábado, o Twitter e o Facebook mal aguentavam o peso da comoção. Algo de grande e de inesperado estava se formando. No dia seguinte, tentei definir o que estava sentindo:

" Estou maravilhada com o que está acontecendo no país. Há quem se queixe que a população não se manifestou em relação ao mensalão, à PEC 37, à roubalheira em geral e à da Copa em particular, e que o preço da passagem seria uma causa "menor"; mas a gente nunca sabe qual é a gota d'água, qual é o estopim que faz com que todo mundo tenha vontade de gritar junto. O que no começo era só um protesto contra 20 centavos virou o protesto que todos queríamos, contra todas as desfeitas que nos vêm sendo feitas de todos os lados, por todos os partidos, por todos os poderes.

É um protesto que, pelo menos à primeira vista, "pegou".

Ao longo dos últimos anos, fui chamada para N manifestações diferentes, muitas das quais coincidiam com a minha opinião. Nenhuma, porém, tinha jeito de dar liga. Faltava sempre alguma coisa que não sei definir -- e que talvez fosse até a polícia na rua, quem sabe? Faltava a empolgação geral, o arrepio na espinha, a massa crítica.

Agora é diferente.

Pela primeira vez em muitos anos -- mais especificamente, desde o impeachment do Collor -- dá para sentir uma tensão no ar, um alento, o brilho de uma esperança coletiva que não discrimina sexo, idade, classe social.

As manifestações da semana que vem podem não dar em nada. A ideia dos panos brancos nas janelas pode -- sem trocadilho -- passar em branco. É possível até que o momento de indignação geral já tenha passado quando a quinta-feira chegar e for a nossa vez de, aqui no Rio, ir às ruas (eu estava mal informada, não sabia que já tínhamos protesto marcado para a segunda-feira). Penso muito nisso, para não dar corda demais às minhas expectativas e não me amargurar se nada acontecer.

Mas também pode ser que estejamos diante de um grande momento. Que não será apenas um protesto contra o aumento das passagens, mas uma formidável manifestação de cidadania -- algo de que nos orgulharemos no futuro, e que contaremos, cheios de saudades, aos nossos filhos e netos."

Até agora, 2h12 de quarta-feira, não tenho motivo para amargura; ao contrário, estou feliz, orgulhosa do meu país e da minha cidade. Quem pede foco aos manifestantes ainda não entendeu que, antes de qualquer coisa, este é um movimento pela cidadania, um movimento que diz ao poder canalha que temos que ele não nos representa.

"O povo unido protesta sem partido", gritava a moçada em Porto Alegre. Eles me representam.

o O o

A hashtag #ForaDilma disparou para o primeiro lugar nos TTs (trending topics) do Twitter na terça-feira à noite, logo após a burocrática e irrelevante declaração da presidente sobre as manifestações. Não tenho nenhuma simpatia por ela, muito antes pelo contrário, mas acho que definitivamente não é por aí -- mesmo porque as alternativas para substituí-la, ao menos no momento, são Michel Temer e Renan Calheiros.

A meu ver, as manifestações não são contra A, B ou C, mas contra a classe política como um todo. Cansamos de ver o nosso dinheiro indo para o lixo, cansamos de ver Brasília transformada num balcão de negócios, cansamos da roubalheira e do deboche dos nossos governantes. Todos eles. De todos os partidos, de todos os poderes e de todas as esferas.

"O povo acordou, o povo decidiu, ou para a roubalheira ou paramos o Brasil", entoavam os manifestantes em Juiz de Fora. Eles me representam.

o O o

Justo no meio disso tudo, a presidente -- a "presidenta", a chefona, a manda-chuva, a über-faxineira, a mulher que só fala aos gritos com os seus comandados -- deixou Brasília para ir a uma consulta urgente em São Paulo... com o seu marqueteiro!

Putz. Essa não entendeu nada mesmo. E não, ela não me representa.

o O o

Há pouco tempo, vi uma foto da Avenida Rio Branco muito parecida com a que vimos no dia da manifestação. Era a foto do desfile do Bola Preta no carnaval, lembram? A diferença é que naquela foto, segundo a polícia, havia um milhão de pessoas. Eu não sei como essas contas são feitas, mas eu gostaria muito que alguém me explicasse por que a avenida cheia no carnaval tem um milhão de pessoas, e a avenida cheia na manifestação tem cem mil. Aceito desenhos.

(O Globo, Segundo Caderno, 20.6.2013

sábado, 15 de junho de 2013

Você sabe o que colocam na sua cabeça?!?!

Não,não falarei sobre história nem sobre política - as discussões sobre a "repressão" aos manifestantes estão me enchendo a paciência.Adoram criticar as polícias(e correm pra comparar com a repressão na ditadura,nada a ver),mas com tanta depredação e baderna,vai deixar a coisa crescer?!?Tá bom,bateram neles,erraram.Mais errados estão nossos (des)governantes,a corrupção,os gastos faraônicos com COPA,PAC e sei lá mais o quê e...bem,voltando ao que interessa.
                   (foto que peguei lá no Dia de Beauté,da Voguer Itália,com um cabelo estilo60's,amei)
 Cabeça aqui é o suporte dos cabelos e como consegui cortar a juba ontem,tô feliz e esperando meus cachos voltarem.
Fui num salãozinho perto da escola onde trabalho(periferia,longe do "mundo"),indicação de uma colega,elogiando o modo como a moça corta e seus "tratamentos".Pula esta parte,tá.Porque chegando,vi que era a frente/garagem de uma casa,adaptada e a profissional,trabalha bem,sim,mas " naquelas " condições ,alguns potes,muita boa vontade e sem mais.
Perguntas básicas:quer liso ou não?E fui a única no NÃO,as várias outras pessoas todas no relaxamento,pesado,escova e prancha.Dessas não fugi,porque tinha que "fixar" o tratamento - "botox",uma reconstrução hidratante básica ,sem muitos segredos(botox para ela,mas lógico,nada l'óreal).Mas foi pesando meus cabelos com a mão,cortando  e deixando a parte cacheada aparecer,yes!
Nas outras,menos problemas ,mais "praticidade",estica e puxa depois de um creme potente e as moças felizes,iguais e "domadas".


Por isso,digo e repito,muito cuidado,Como vítima que fui desses tratamentos durante anos,sei dos resultados e a recuperação é lenta - estou "sem química" desde agosto e ainda não posso dizer que meu cabelo voltou ao normal.

    (Emilie Flogue,do Klimt - tive uma aparência assim,aannnooooooossss atrás,os excessos de mim ainda não perdi,mas o cabelo,espero ressuscitar,rsss))


E enquanto isso,deixo um post muito profissional sobre o que contém estes "tratamentos" de cabelo para que ao menos,quem queira continuar a fazê-los,saiba o que pode sofrer.






Eu ♥ Cabelo: Escova de quê?: Vai ter muito “Profissional” que não vai gostar deste post, mas a minha meta aqui é esclarecer e ajudar clientes e não mentir para agradar ...

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dez anos,hoje

Não,não é aniversário de namorocasamentorolo. Exatamente nesta data,há dez anos atrás,ligando a televisão pra assistir ao SPTV vi a imagem de alguém na maca,embrulhado na manta térmica que estava sendo carregada para o helicóptero da polícia e escutei(maldito Tramontina!) o nome do meu irmão caçula.como acontece diariamente,com muitas outras famílias,mas naquele dia,foi conosco.
Choropânicoligapraummundodegente e...descubro o que tinha acontecido com a equipe do seu GB(grupamento de bombeiros) ao atender à uma ocorrência num prédio abandonado(fábrica de cerveja na Moóca):caíram de uma altura de 20m,cada um carregando o equipamento,uns 40 quilos!Seus dois companheiros que caíram antes tiveram morte instantânea,ele,pra  nínguém mais  cair,retirou a máscara e gritou,respirando aquela fumaça podre de toxina e que queimou sua garganta por dentro ,e mais  um deslocamento na bacia,um mês de UTI nas Clínicas para recuperar o aparelho respiratório,com uma pneumonia de bônus.


E ninguém explicando como "só" aconteceu isto!
Proteção,anjo da guarda,milagre,tudo isso junto e mais um pouco.

Ninguém vai antes da hora que está marcada no relógio do destino,serviu pra comprovar.
Foi uma coisa tão surrealista,tão dura,que até hoje é difícil acreditar e não estou chorando porque escrevo,quando relato,não seguro,volta tudo.


Sua recuperação foi lenta,muita fisioterapia e foram seus companheiros de quartel que se revesavam,nas folgas,para levá-lo e trazê-lo,diariamente,por meses.Não teve fratura nenhuma,mas  parece que o esqueleto e a musculatura precisaram reaprender a movimentação.Da traqueostomia não ficou nada,impressionante.Cicatriz?Uma de escara na parte de trás da cabeça,de onde o cabelo já está rareando.
Como nasceu novamente,é novinho,tem dez anos agora e fará 44 em dezembro.Nos bombeiros desde os 18 e trabalha desde os 14.E é o homem da casa  desde os 13 - meu outro irmão morava com minha avó.
Continua bombeiro,virou sargento  e não para!!!!!!Viva ele,Marcelo Freitas de Oliveira!!!!


 Este foi o comboio do enterro de seus companheiros,o sargento Neves e o capitão que nem da unidade era,apareceu pra ajudar e foi embora.Ambos tinham filhos pequenos e deixaram viúvas,como tantos que saem para trabalhar e não voltam.Mas os bombeiros tem perigo como atividade cotidiana.
 Em 2006,já sargento,recebeu medalha - esta foi pela ação no acidente,mas tem outras muitas de mérito e conhecimento.
 Estes ao lado dele são seus companheiros.O de bigodão é o de Carlo,a moça,Vecchio,sgto Medeiros ali meio afastado e ...esqueci o nome desse que aparece mais aqui à esquerda da foto.Os que mais ajudaram e contribuíram para sua recuperação e para  nos amparar.
 Olha a cara de moleque de quando entrou no bombeiro,com o capacete de "darth vader" como chamamos familiarmente pra amolar
Aqui,três anos atrás em Franco da Rocha,no CT(Centro de Treinamento),com umas das turmas das quais foi instrutor,porque o bonitão agora "tá podendo".E graças a todos os deuses,ainda está conosco.É nosso irmãozão,apesar de ser o 4º dos cinco,e que continue por muito tempo!





PS1:O orelhudinho alí ,agachado,é filho da minha prima que morreu em novembro.Também é bombeiro,como seu irmão que se foi naquele acidente medonho e que foi umas das primeiras pessoas que acionei,no dia do acidente,porque estava na Academia de Polícia e tinha como nos informar dos "bastidores" da coisa.Muita saudade.








PS:e nem se fala a palavra herói.Eles todos bombeiros,polícias,são.Diariamente muitos caem,se ferem,alguns não voltam,outros ficam com seqüelas gravíssimas e continuam.Todo santo dia.








terça-feira, 4 de junho de 2013

Com papel,história e arte

Algum tempo atrás vi notícias de uma exposição e guardei o nome da artista,Isabelle de Borchgrave,que desde os anos noventa se especializou em recriar roupas de época em papel!
Incríveis e lindas,como as de tecido.


 Não consegui muitos detalhes,mas  o principal é a pintura e o tipo do  papel,para dar a textura e as "estampas"de época.
 Como nas esculturas renascentistas,o caimento do papel como aquele do mármore é semelhante ao que seria se fosse de pano. e a construção das peças?!?"Costura"/montagem.

Outra visão do ateliê,com os manequins e alguns materiais

 Uma amostra da pintura  num modelo em confecção
 A artista trabalhando


 Alguns modelos
 Sapatos também são feitos em papel
 Roupas não ocidentais faz em parte das obras também


Maravilhosas,mostrando que o encanto do tempo atrai gente de todas as áreas e,neste caso particular,usa "grande" arte para reproduzir a arte das costureiras/alfaiates.

domingo, 2 de junho de 2013

Com tecido e história

Toda vez que vejo alguma roupa antiga penso em alguma sala cheia de aprendizes,meninas e moças com as costureiras ,meninos e rapazes com o alfaiate,um mundo de réguas,papéis para moldes,linhas,agulhas,enfeites  e tecidos.
Na iluminação à velas,na dificuldade de se estar à mercê de quem te empregava e sustentava ,obedecer,trabalhar o dia todo e pertencer apenas àquele mundo - em todas as corporações de ofícios foi assim,e para os mestres das artes menores,também.Na exigência da perfeição - o aprendizado começava cedo para que no decorrer do tempo,se dominasse a arte,se conhecesse todas as minúcias e se atendesse aos gostos dos clientes.É difícil acreditar que tudo fosse unicamente manufaturado,mas foi a realidade até o fim do séc XIX.
Encontrei muitas coisas lindas na página Esprit du XVIIIème siècle e trouxe para partilhar com que gosta,detalhe,foi o séc que "inventou" a privacidade,quando aparecem as partes reservadas das casa,antes quase sempre abertas e compartilhadas por todos,e também quando se começou a falar em "indivíduos".mas,vamos ao que interessa:


Um pequeno ateliê,sem tanta mão de abra;alguns moldes e croquis.
 Uma amostra do underwear - pendurado o "cesto" que armava as saias
Um corselet "simples" e o vestido de cima - isso para quem era "do povo",pequenas burguesas,mulhers comuns.

 Cestos maiores,para sustentar os vestidos do meio do séc XVIII
 Quem podia,tinha ajuda para a produção diária.Nas cenas iniciais do filme Dangerous Liasons - Ligações Perigosas(França,séc XVIII),os personagens da Glenn Close e do Jonhn Malkovich,pertencentes à primeira nobreza,aparecem sendo servidos,ela,vestida peça a peça,até o vestido enfim ficar "montado" sobre seu corpo.Inesquecível.Alguém lembra?

E nada de cabelo natural - as perucas resolviam não só o problema da aparência - a "higiene" e os hábitos cotidianos eram bem diferentes do que são hoje.

Aqui,dois modelos ,mostrando os detalhes de laços,pregas,saias.As gargantilhas em rendas e/ou tecidos...amo!




E eu imagino estas barras....arrastando pelo chão lamacento,sem esgoto e podre de qualquer cidade de  média a grande de qualquer país até o séc XIX.Estas damas com certeza não,carregadas até chegar aos pátios dos palácios residênciais - mas mesmo a cavalo a lama espirava,imagina o estrago?Em uma cena do filme Emma(Inglaterra,séc XVIII),quando chegam a uma recepção,descem dos "carros" e,smach,...sim pisam no que está pelo caminho
Mais modelos e estas quase capas que os cobria por trás me dão a sensação de um peso imenso - fora o resto da traquitana.

 Esta maravilha,todo bordado foi modelo usado por ninguém menos que Maria Antonieta.Lindo e simples,mostrando o gosto daquela que mudou a moda no seu tempo.
 Por trás dá pra ver o "tamanho" da roupa
 Este,exibido assim,elevado parece que flutua...difícil imaginar em uso

E pode mais cute,cute?

Este outro não deixa nada a dever aos saltos estratosféricos que temos visto por aí - mas com esta inclinação,sob toda aquela roupa,só pra ficar sentada ou paradinha.



Por quê as roupitchas para a corte francesa por volta de 1750 eram beeemmmmmm mais trabalhadas que os modelos que apareceram antes.Os bordados desta peça,nesta dimensão,com renda por toda a volta,diferente das usadas no decote e nas mangas,como?!?Exagerado para os dias atuais,mas uma obra prima.







Porque alguns,nem com boa vontade dá pra gostar  - este aqui é mais para o começo do séc XIX e mais "plebe".

Este,majestoso,assim,imóvel,vazio,quanta coisa viu e viveu sobre alguma dama?


Será que festejou e encantou como este da Nicole Kidman em Cannes?