quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Li:A costureira de Dachau



Larguei o Netflix(um pouquinho) e também meus romances históricos franceses para ler um "best seller":A costureira de Dachau.

O nome dela é Ada,muito jovem,talentosa aprendiz de modista,ambiciosa,sonha em se estabelecer e ter sua maison de couture, no caminho entre seu bairro pobre de Londres e o trabalho conhece um homem que a cativa e a faz largar tudo com a desculpa de realizar seu sonho em Paris.Detalhe,é exatamente quando eclode a 2ª Grande Guerra e em meio à confusão das invasões ela ,abandonada e só,agora na Bélgica,consegue ser acolhida por freiras,mas todas são obrigadas a trabalhar para os nazistas em um asilo  na Alemanha onde Ada conhece um "professor" que se aproxima dela a ponto de conseguir abusá-la e a oferece como costureira para a suposta mulher do comandante do campo de Dachau,seu parente.Prisioneira na casa e forçada a trabalhar,costura suas obras primas para as "clientes e consegue manter-se viva, apegada à idéia de recuperar o bebê que teve clandestinamente e que teria sido salvo pelas freiras e por um padre.Agressões,privações,trabalho forçado continuam por anos até que os americanos a libertam quando libertam o campo e aí,ela tem uma noção do que acontecia ao seu redor.Repatriada,desprezada pela mãe,arranja outro emprego e começam novamente sua ambições e junta ao trabalho de garçonete os programas que começa a fazer para "alcançar" a possibilidade do seu negócio.Mas....tragédia pouca é bobagem,acaba se defrontando com o sócio" do seu gigolô que não é ninguém menos que o cretino que a tinha levado para o continente e a largado lá.Confrontam-se e ela o mata,provocando um vazamento de gás enquanto desmaia de bêbado.Presa e levada a julgamento sofre com toda a misoginia e pela suposta "colaboração" com  os alemães,E por mais que repita sua trajetória de desgostos,não consegue se fazer entender.Sim,atropelada pela vida,poderíamos dizer.Talentosa,mas "cega" diante da realidade.Um desperdício de existência,salvo suas costuras,perdidas no meio de tanta encrenca.


A leitura é "boa",fluída,daquelas traduções que são leves,recriando o texto ,mas nem como romance histórico nem como drama, se segura.O  texto fica "suspenso" entre gêneros e a nota histórica no final ao invés de situar a narrativa a justifica,mostrando a "falha literária" que é a obra ,a meu ver.
Baixei no Kindle depois de ler algumas resenhas aí pele net, daí não vai ficar encostado nas estantes só na memória do gadget, porque é daqueles que não merecem uma segunda leitura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário