segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

E quanto aos desafios literários:quais categorias de livro eu já consegui alcançar até fevereiro


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Bem,eu não estou exatamente fazendo nenhum deles,mas aproveitei as sugestões para ver aonde estava "faltando" alguma coisa,alguma categoria de livro que não estou acostumada a ler.Ou "encaixar" o que tenho lido em alguma categoria.


Sendo assim,dá pra fazer uma mini lista:

-livro triste:Os meninos da Rua Paulo
-livro em forma de correspondência:A cor Púrpura (que também poderia ser livro triste;com personagem desprezível e livro de autora e negra, o que já abrangeria bastante coisa)
-livro ganho:o e-book que "ganhei" da Amazon,Canção do Sangue(não eu não tenho nenhum ganho de alguém)
-livro que ganhou um Jabuti:Quarenta dias,Maria Valéria Ribeiro(ainda volto pra falar deste aqui)
-livro que se passa em algum lugar em que você esteve:O Retrato do Rei,Ana Miranda(Ouro Preto,Sabará,Mariana)



Não escolho meus livros por sexo,cor ou militância dos autores,normalmente eu os escolho porque o tema me interessa ou por ter lido alguma sinopse que tenha me atraído para o livro,por ser do meu tipo preferido(romances históricos),fora os clássicos e ou eternos que ainda quero conhecer e ainda não deu tempo.Aliás,os livros "se empurram" na fila,um sempre passa a frente do outro e é por isso que ficam os perdidos nas estantes.Sempre tem algum esquecido de vontades passadas que fica pra trás.E são muitos livros para pouco tempo e mesmo eu tendo começado a intercalar leituras,não consigo ler um livro em meio a outro.As minhas leituras de contos eu consigo mesclar com outros textos,mais dois livros juntos,não consigo.Mas tenho conseguido ler coisas diferentes das habituais ,saí um pouco da zona de conforto e foi esta a proposta dos desafios,então,acho que ao menos pra mim,servem de estímulo e pra afastar a preguiça de ler sempre o mesmo tipo de livro.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Critica demais,li os livros errados ou o quê?

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     Tô me achando muito chata com os últimos livros lidos,mas não acho que seja criticismo demais não.Não foram leituras satisfatórias porque os livros lidos deixaram a desejar.
O Dumas por ter focado no romance quando a aventura podia ter sido melhor desenvolvida;a parte "novela" do folhetim é o que não me agrada e os sucessos que perduram são exatamente os que tem a mistura bem equilibrada,vide o Conde de Monte Cristo,Os Três Mosqueteiros(a trilogia completa com o Vinte Anos Depois e o  Conde de Bragelone ),tanto quanto os livros da série Valois(A Dama de Montsereau,Les Quarent cinq,A Rainha Margot),que já li há tempos atrás  .Ainda não sei quantos faltam destes Romans (não tem índice individual para eles neste Oeuvres Complètes que está no Kindle)   que eu não conheço e que escolhi ler exatamente pra completar a "obra",vamos ver daqui pra frente o que vai aparecer.
E o Canção do Sangue,bem,eu não tinha nenhuma expectativa mesmo,queria conhecer um pouco deste universo yang adult para poder falar(mesmo que mal)com algum fundamento e não deu outra:livro derivativo,fantasia "fraca",nada criativo,não me acrescentou nada.Bem que eu disse que não era nenhum Bernard Cornwell,mesmo porque os livros dele tem o fundo histórico muito bem traçado e a parte de ação nunca falta e é sempre bem mostrada.O Canção do Sangue é só mais um livro parecido com outros tantos que pipocaram por aí - pelo que vejo no Skoob(rede social de leitores)o que agrada à moçada são estas fantasias com jornada de herói do também jovem personagem principal,ou histórias de vampiro com fundo de romance água com açúcar,ou tudo isso misturado com um fundo de  sexo.
Ou seja,"literatura"mesmo que é bom,muito pouco ou quase nada.Daí não dá.
Tô precisando algo mais profundo,daqueles que mexam comigo,faz tempo que livro nenhum me "abala";fora que tenho "casca dura",sobrevivente de muita coisa então não me comovo facilmente e nem me identifico fácil com dramas.fora a idade,parece que já vi de tudo um pouco,não vejo originalidade,novidade.Bora fuçar na estante e resgatar algum não lido e ver no que dá.




segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Oeuvres Complètes:Dumas - Le chevalier d'Harmental



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(imagem meramente ilustrativa,não dá pra copiar as imagens do kindle)



Ainda na sessão Romans(acho que ainda vai render bastante títulos,não tem índice específico)  cheguei no que ,segundo a nota crítica no início,foi o primeiro sucesso do Dumas enquanto romancista - antes seu sucesso principal eram  as peças de teatro.Este livro também marcou o início da colaboração Dumas/Maquet -o pesquisador/escritor que esteve por trás de um grande número de publicações onde só o nome do Dumas apareceu.
Dei um tempo nas leituras paralelas porque este aqui é um texto longo,diferente dos anteriores e mostra uma conspiração no período da regência ,depois da morte de Louis XIV .Mas está indo rápido,acho que não demora pra terminar.
Roman Historique  comme il faut,fundo histórico bem definido,aventura e roman(a parte mais fraca).Mais o texto do Dumas é envolvente,por mais datado que seja.
E "inspira" os escritores atuais.Quanto mais eu leio Dumas,mais percebo sua influência em muitos autores de Perez-Reverte ao Jean d'Aillon,todos lhe devem muito.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

E-book de "presente": meu primeiro YA (lê-se:uai/ei)




E a Amazon "compra" a gente,sério.é um tal de promoção disso e daquilo e ainda vem presentes tipo este de ganhar um e-book depois de outras compras feitas.
Vários títulos oferecidos a escolher.Tudo bem, não eram nada animadores,todos Yang Adult como os booktubers os chamam(livros de aventuras com personagem principal muito jovem em sua saga de herói formando uma série de livros destinados a público jovem) e eu antes de torcer o nariz para o gênero achei por bem explorar este aqui.A cavalo dado não se olha os dentes,mas espero que ao menos interessante este livro seja.
O início da leitura foi bom,nada original,lógico - não é um Bernard Cornwell,por exemplo - mas de enredo verossímil. Todo um mundo original ,com história  ,sociedade dividida em Ordens e o pertencimento à cada uma estabelecendo a participação social.Cada ordem em particular tendo seus requisitos,suas regras e no caso do "herói",seu périplo para pertencer a uma e os segredos por trás desta "escolha".
Fiquei só no comecinho,mais uma leitura paralela - estou pegando este costume agora,normalmente leio um por vez,mas como estou apaziguada com o Kindle,aproveito toda sua comodidade.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Contos de Odessa ,Isaac Babel

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Mais um comprado por quase nada no kindle.
E mais um que intercalei com as  outras leituras,fico de um para o outro no mesmo suporte,e esta é sua maior qualidade:uma pequena biblioteca portátil,super prática."Carrego" muitos livros em "um só".
Agora um escritor "soviético",primeira metade do séc XX e citado com um dos mestres do conto moderno,protegido de Górki,militante e comprometido,tanto que teve ligações com a polícia secreta, o que não o livrou do pelotão de fuzilamento!

Aqui,nada do clima que,por exemplo,existe nos contos do Tólstoi.
Isaac Babel vai falar da marginalidade,dos conflitos entre a comunidade judaica e desta com o resto da cidade de Odessa e arredores.Os primeiros que li todos ao redor da figura do "Rei"(dos bandidos),sua família e as "relações" estranhas que estabelecem.E foram se interligando com os seguintes.Sempre mostrando as situações problemáticas,a implantação dos soviets e as tradições que emergem apesar da transformação política.Um pouco de panfletagem quando mostra que as pessoas passaram a valer  pela sua "capacidade de trabalho" - excluindo doentes,velhos e  marginalizados.

Além destes,fui até o que mostra um "progrom" através dos olhos de um menino judeu.E este foi o melhor conto do livro.Real no sentido amplo do termo,.mostrando um costume da antiga Rússia que não foi alterado com a mudança política

A leitura flui bem,apesar dos temas não agradáveis.É uma escrita dura sobre temas também pesados.

Nada de moral da história.As pessoas são o que são e a vida é o que é,dura.

Foi bom pra conhecer,mas não me conquistou.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Desafios literários:pra sair da zona de conforto nas leituras

Eu, a doida do livro com fundo histórico e aventura, estava há um bom tempo meio presa neles,só lia isso.Neste ano estou escolhendo umas coisas diferentes,senti falta daquela "coisa" boa que tem nos livros,que tocam a gente,mexem com alguma coisa interna.O bom da "Literatura" assim,com letra grande,o que tem a mais que apenas entretenimento.
Não,não parei com o Dumas(Oeuvres Complètes,já li mais três dos folhetins:Le capitaine Pamphyle,Othon l'archer e Le mestre d'armes),mas tem o Tolstói(Contes) pra balancear e os livros que tem lido entre esses.

No Youtube vi  desafios literários bem instigantes,propondo categorias de livros a serem lidos,pra mexer um pouco com hábitos arraigados de leitura e ampliar os horizontes.
Tem o Desafio Booktuber que eu achei meio politicamente correto demais(ler feminista,ler mais autoras,ler autor negro,e por aí) categorizando para aquèm do literário;daí,o Livrada! que é um dos canais que acompanho lançou o seu,que achei bem mais interessante,são 15 temas:


1-um livro vencedor do Prêmio Jabuti
2-um livro japonês
3-um livro que explore o erotismo
4-um roman à clef
5-um livro com protagonista detestável
6-um livro triste
7-um livro de autor que você já conheceu pessoalmente
8-um livro com engajamento político
9-um livro que você ganhou de um amigo
10-um romance psicológico
11-um livro escrito antes do Renascimento
12-um livro já resenhado pelo Livrada!(canal ou blog)
13-um livro de correspondência
14-um livro que se passa em um lugar em que você já esteve
15- Vida e Destino(título escolhido pelo Yuri Ra,o editor do canal)

Me ajudou a perceber o quanto de diversidade e alcance os livros podem ter e eu "meio presa" em só um tipo!Estou saindo da minha zona de conforto e buscando livros diferentes - não,não estou seguindo o desafio ipsis literis,mas fazendo o meu,pessoal.

Pra quem gostou da idéia,fica o vídeo do Livrada!


Ep. #94: Desafio Livrada! 2017




sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

A cor Púrpura

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Estava de graça no kindle,daí baixei e já li para aproveitar.Sei que vi o filme há eras atrás,mas não me lembrava nada da história .
Caso fosse "categorizar" o livro caberia em várias classificações:livro de correspondência,livro triste ,livro com personagem desprezível.Tudo isso no sul dos Estados Unidos,a segregação racial e a falta de condições das famílias negras, pobres , desestruturadas ,reproduzindo a violência de que são vítimas.
Época:a história vai aparentemente dos anos 20 aos 50 do século passado.

Escrevendo para Deus,Celie vai contando todas as suas tragédias que acontecem desde sua mais tenra idade:além da pobreza e da exclusão social,ainda é estuprada pelo padastro(o desprezível que citei acima),engravida,tem os filhos tirados de si e depois,ainda é forçada a um "casamento" onde servirá de babá,empregada doméstica e saco de pancadas,além de ter que se separar da irmã,sua única companhia na vida,que só vai "reencontrar" através de cartas enviadas por ela e por muito tempo escondidas pelo seu marido.
Mas ela "aceita" seu destino e vai apenas relatando o que acontece com ela e com as pessoas que fazem parte da sua nova "família",incluindo aí a ex amante do seu marido que acaba se tornando o ponto de apoio,de superação e de afirmação da Celie ,que vai se libertar deste "aprisionamento" em que viveu boa parte da vida.Todas as mulheres que aparecem vão deixando seus papéis  subalternos e emancipando-se.
Os diferentes tipos de amor entre essas pessoas vai tomando conta dos relatos e é através dele que superam todas as situações negativas em que vão se encontrando. e vão se redimindo dos seus passados,alcançando uma vida mais harmônica e se transformando realmente numa família bem ampla.
Mas o fundo triste e difícil perpassa quase que o livro inteiro,as redenções são o clímax ,o fechamento das histórias.São jornadas de vida complicadas,mas possíveis.Leitura boa,não é um "livraço",mas é uma boa história.



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Os meninos da rua Paulo - Ferenc Molnár




Pode um "livro pra jovens" já ter 110 anos?!?
Publicado pela primeira vez na Hungria em 1907,é considerado um clássico ,principal título do autor que também fez sucesso como dramaturgo;  e as edições brasileiras passaram pela mão de dois "cobras",o  tradutor,também húngaro de nascença, Paulo Rónai e  Aurélio Buarque de Hollanda - minha edição da Cossa&Naify tem posfácio do Nelson Archer.
Um livro "de outros tempos",outro mundo - honra.lealdade,respeito e não só pelos amigos,o "outro" vive na mesma esfera de conduta.
O pano de fundo é uma disputa por um lugar para jogar,brincar.Um espaço especial,quase mágico,o grund.Os personagens :dois grupos distintos de garotos,usando regras para se manter em quase uma "sociedade paralela", lutando entre si : os meninos da rua Paulo contra os  meninos do Jardim Botânico - e o como essa a disputa acontece,como se comportam,como reagem às provocações, até que se chega à uma "guerra".
Quem é leal?Quem é honesto?Quem cumpre o combinado?Coma fazem isso?Como se superam os vários embates?Esta é a graça do texto,o que prende .Vencidos e vencedores se desdobram quase como espelhos uns dos outros,ações de uns refletindo no comportamento de outros,mudando as perspectivas.
Eu digo que um nome só basta para "caracterizar" o livro:Ernesto Nemecsek(pronuncia-se Nêmetchek,como nota o tradutor),o héroi trágico da história.

Fica um "gosto" igual ao filme A Grande Ilusão do Renoir - memória de sentimentos e atitudes de outros tempos,outro mundo,que já não existe mais.Saudade do que não se viveu.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

E ainda....



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...temos os  contos do Tolstói, chegando nos que se passam em meio mais urbano,apesar da ligação sempre com camponeses.Nesses últimos que li aparecem as trapaças que sofrem,a "esperteza" dos citadinos,a "inocência" que se transforma em revolta - os "bandidos" cruéis e sanguinários que se redimem - muitas vezes seus crimes são originados por alguma deslealdade que sofreram.Um contraste muito "preto e branco",que vai se acinzentando conforme os personagens são atingidos ou pelo que causam aos outros.E sim,o fundo religioso sempre aparece.

Sentindo falta de ler mais sobre o autor,vou procurar pela net e ver o que os textos de apoio dizem - o que estudei na escola não alcançou nenhum dos  russos,infelizmente.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Releitura: O Retrato do rei




Reli o Retrato  do Rei ,da Ana Miranda.
Resgatei um exemplar de sebo,ele está esgotado há tempos,e a minha edição tinha sido expurgada na última mudança,mas senti vontade de ler novamente esta história.É uma narrativa com fundo histórico e passada no Brasil Colônia e é tão raro conseguir ter textos literários sobre este período que achei por bem tê-lo novamente.
A base da história é a Guerra dos Emboabas nas Minas - Capitania de Rio de Janeiro,Minas e São Paulo(era tudo uma coisa só) - no início do séc. XVIII,tendo como pano de fundo o envio do retrato do rei recém coroado,e uma história de amor que não se realiza.
Enquanto o texto fica no embate entre os "reinóis"(portugueses) e os paulistas,pelo controle das minas de ouro,do comércio e de governo ele se mantém interessante.E,mais uma vez,a gente vê a cobiça,corrupção,os jogos de poder,as trapaças,só que neste caso,acabou em guerra civil.
Os personagens são crus,diretos ,sua "realidade" - criada a partir dos registros históricos/correspondências- mostra os interesses escusos,a hipocrisia.Um pouco do cotidiano de uma terra sendo desbravada,"sertão" e o tipo de vida que acontecia.Livres,escravos,mestiços,estrangeiros,todos numa "convivência" nada pacífica.
Até aí tudo bem,mas há um possível casal que em meio à luta  vai se apaixonando,mas sem que os sentimentos sejam expressos.E a guarda do retrato do rei,a "majestade em efígie" vai passando das mãos deles,aos portugueses e  é usada como meio de se terminar a guerra,quando finalmente fica com os paulistas, como modo de representar o "apoio real" - mas não garante a vitória no combate.
E entre as lutas,idas e vindas ,a protagonista de nobre portuguesa entediada,vira mineradora e viajante pelas trilhas,à procura do retrato que desviou .É a parte inverossímil do texto,quanto mais com o fim dela na história e  o do homem que ela descobre amar.É o ponto fraco.
Se tivesse ficado restrita ao combate/luta pelo poder , seria muito melhor,mas isso foi a impressão que ficou pra mim,não sei se esta não seria a parte preferida de outros leitores - mas  é o que estraga muito os livros do gênero,ainda mais estes atuais,nos antigos ,faz parte.



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

E continuando....







As leituras vão bem obrigado e acho que ajudam a melhorar minha qualidade de sono.Tenho sonhado( alguns vislumbres) e isso é muito raro eu lembrar,quando acontece eu acho que atingi um nível de sono bom e profundo.Ler é cultura e é saúde,rssss.

Continuo ,no intervalo entre outras leituras,com os contos do Tolstói e as histórias curtas do inglês - gostando  do primeiro -  o tanto de religiosidade que contém,uma religiosidade simples,bonita,nada proselitista ou "de igreja",oficial.Personagens humanos lidando com seu cotidiano , em ambiente rural no interior da antiga Rússia,seus hábitos,conflitos e todo um modo de vida; e "lendo" as segundas ,na boa,sem entraves de compreensão,elas estão servindo para o que eu esperava.


Bem,li além do Pauline ,o Capitane Paul,das obras do Dumas.Folhetinescos e por vezes exagerados,mas  bons de ler - sou habituée do estilo, então..... não sei se agradaria a quem é muito do contemporâneo.


Quanto ao Valter Hugo Mãe,é uma escrita boa,a leitura vai fluindo,ao menos neste Filho de mil homens,meu primeiro livro dele.A história começa com um homem que ao chegar aos 40 anseia por um filho ,daí vem a história deste filho,sua mãe e mais outras pessoas que habitam aldeia e vila próximos da praia,como se encontram e como lidam com a solidão,as vidas truncadas.A moça que anseia por amor mas tem uma experiência muito ruim,o filho que não é aceito por ser "maricas";como vão se ajustando e superando os obstáculos.Não é um livro romântico,apesar de falar de amor - tem muitas passagens bonitas,de sentimento.Foi gostoso acompanhar como vão se juntando os personagens,como vão alcançando sua felicidade,mudando,superando problemas e unindo-se numa família mais ampla do que apenas casais.
E ia tudo muito bem até aparecer uma "galinha gigante"?!?!?Coisa que "pula" do texto,não tem nada a ver com nada e não sei se foi alguma alegoria ou simbolização sei lá do quê,estragou bastante a leitura,quebrou o clima.Tá certo,deixou mais uma personagem órfã e um viúvo para serem acolhidos.Por este lado,passa.
Crisóstomo,Camilo,Isaura,Antonino,Matilde e mais os personagens que foram passando  desde o começo da história,muito bonita,de seres humanos se "aninhando",superando a solidão.Esperançoso,eu diria.

Uma boa leitura,mas não alcança o "ocupar o espaço que o Saramago deixou" como li numa resenha.Cada um é um,não vejo possibilidade de comparação.E os textos do Saramago "pegam" a gente de jeito - haja tempo pra ler tudo o que eu quero e reler estes de que tenho saudade!