quarta-feira, 5 de abril de 2017

Homens imprudentemente poéticos




Desta vez é uma aldeia pobre num Japão do passado(não definido),dois homens, um artesão de leques o outro oleiro.O primeiro vive com uma irmã cega e com uma criada,o segundo perde a mulher e faz do quimono que ela usava um estandarte para ainda ficar com algo da sua presença.
O artesão mata bichinhos para "ver o futuro" e além disso não suporta beleza,destrói o canteiro de flores que o oleiro havia criado no sopé da montanha,que aliás é conhecida por ser "a dos suicidas";pisa as violetas nativas;pega o quimono  e o esconde.Provacam-se os dois,mas vão levando a vida,um com uma raiva impotente,o outro,procurando embelezar sua solidão.O artesão "vende" a irmã para um homem de outra aldeia e a leva pela montanha deixando-a à espera de seu destino e da sua felicidade - ele não tem como saber disso e fica com mais  culpa por tê-la entregue.
O oleiro se embriaga,o artesão não consegue sair da sua raiva até que é "punido" por um monge e passa o castigo abraçado com seu medo,quase materializado.Passam-se mais alguns incidentes até que o artesão encontra uma forma de beleza que reproduz em seus leques,os quais não quer mais vender apesar da grande procura.O oleiro depois de receber de volta o quimono da mulher,usa-o nas chamas de seu forno,deixando que ela finalmente se vá por completo.
O artesão "cheio" da beleza,fura os olhos e passa a ser um "mendigo",o oleiro e ele passam a ter algum relacionamento.Tudo isso sob a montanha dos suicidas,seus animais e possíveis entidades.

Bonito?Por vezes ,sim.Tocante?Também.

Mas por que parece que eu não captei bem o espírito da coisa?Entendi as palavras,não compreendi o sentido total delas.É a tal da prosa "poética",não é direta ,é preciso mergulhar fundo na história e isso eu não consegui.


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